Ando entediada do falso moralista e dos ilusórios intelectuais, daqueles que creem manifestar a verdade absoluta a todo tempo, e o caminho mais curto e eficaz para a prosperidade e vida plena. Te prometem mundos e fundos, inclusive trazer a pessoa amada em três dias úteis para além de uma riqueza desproporcional. Se o percurso lhe parece simples demais, aí tem...
Quando estamos do lado de fora de uma situação, nos parece tão cômodo apontar “como você pode ser capaz de ‘cair’ nessa?”, não é? Acontece que, no lugar do outro, a gente sempre é impecável, não? Mas atire a primeira pedra quem nunca se iludiu por um discurso convincente. Por vezes idolatramos comunicadores que sequer sabem o que estão articulando. Há aqueles que se posicionam bem, dissertam com bravura, porém num raso mar conteudista. Justamente o popular “fala bonito, mas não tá dizendo nada”. Eles costumam ser aplaudidos por uma legião de ignorantes - muitas vezes como nós! Com certeza você já esbarrou com um desses.
Não é pra menos, afinal, tende a ser bela a estética para proclamar algo sem o menor compromisso com a verdade, sobretudo mesclando sentenças falsas com reais para promover um “ar” de autenticidade, tornando o seu discurso um conjunto de verdades imparciais e não totais. Esse ainda é um dos métodos mais eficazes para atrair um tolo.
É verdade que somos bombardeados de informações do momento em que acordamos até o final do dia, porém - mais do que nunca - há a gravidade em questionar, desconfiar e buscar a fonte do que lhe é dito. E prometido. De repente surgiram especialistas em mil e uma coisas te garantindo a cura daquilo que você nem sabia que precisava ser curado. É assustador os tempos atuais.
E quantas interferências sob a justificativa de guerra santa, e a santa urgência em pará-las agora mesmo? Quantas discórdias em nome de Deus. E que Deus? Será que a gente precisa disso que nos manipulam acreditar que é indispensável?
Qual o preço da sua liberdade? Talvez seja apenas a sabedoria de aplicar discernimento e ponderar a discrepância entre o real e o utópico. É, de fato custa caro demais. Então lhe sugiro: cuidado para que, em sua busca por um ideal sensacional, você não acabe se contentando com um ideal sensacionalista. Pense nisso!
Até o próximo texto!
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